Finalmente este puto resolveu lançar este disco. Situações completamente fora do controle como o incêndio na fábrica de lacquers na Califórnia, se tornaram um mero detalhe com a pandemia e a única opção foi abraçar o digital e transformar um single/EP em um álbum.
Desta desgraça nasce “BFF” que finalmente traz luz a carreira de TYV.
As pessoas não tem muito idéia do que se passa na cabeça do menino. Os últimos sets já demonstravam um pouco desta mansa esquizofrenia que permeia o seu mundo, onde drum and bass conversa com ambient e a house anda de mão dada com um certo hip hop… enfim, aquela coisa de comer a sobremesa antes da refeição principal.
Ao invés de apenas pendurar os remixes no final, apenas para funcionar como verdadeiras peças de marketing, o caos foi abraçado e sequenciado para que a pessoa sente e escute o disco como um todo. Não apenas um playlist, não apenas uma focus track e não apenas o remix do gringo: BFF é um álbum, respeito.
Este relocamento, que também é geográfico, afinal Bruno hoje mora em Portugal (de onde você acha que estas fotos da terra mãe vem?) também é conceitual, pois apesar de um pé na pista 2, o disco é distante do esperado por um single seu. Se “Miau” seu primeiro lançamento oficial efetivamente imprimiu seu nome em cases de certo renome, “BFF” nasce de um parto complicado e infelizmente Protti não terá o seu habitual palco para falar sobre o assunto, mas vendo de longe este passo é mais do que vital para sua carreira de produtor.
A pandemia vai passar, as festas vão retornar e na hora certa “BFF” será compreendido como um álbum vital.