
Past

Boston Medical Group & Healing Activities
Finalmente este puto resolveu lançar este disco. Situações completamente fora do controle como o incêndio na fábrica de lacquers na Califórnia, se tornaram um mero detalhe com a pandemia e a única opção foi abraçar o digital e transformar um single/EP em um álbum.
Desta desgraça nasce “BFF” que finalmente traz luz a carreira de TYV.
As pessoas não tem muito idéia do que se passa na cabeça do menino. Os últimos sets já demonstravam um pouco desta mansa esquizofrenia que permeia o seu mundo, onde drum and bass conversa com ambient e a house anda de mão dada com um certo hip hop… enfim, aquela coisa de comer a sobremesa antes da refeição principal.
Ao invés de apenas pendurar os remixes no final, apenas para funcionar como verdadeiras peças de marketing, o caos foi abraçado e sequenciado para que a pessoa sente e escute o disco como um todo. Não apenas um playlist, não apenas uma focus track e não apenas o remix do gringo: BFF é um álbum, respeito.
Este relocamento, que também é geográfico, afinal Bruno hoje mora em Portugal (de onde você acha que estas fotos da terra mãe vem?) também é conceitual, pois apesar de um pé na pista 2, o disco é distante do esperado por um single seu. Se “Miau” seu primeiro lançamento oficial efetivamente imprimiu seu nome em cases de certo renome, “BFF” nasce de um parto complicado e infelizmente Protti não terá o seu habitual palco para falar sobre o assunto, mas vendo de longe este passo é mais do que vital para sua carreira de produtor.
A pandemia vai passar, as festas vão retornar e na hora certa “BFF” será compreendido como um álbum vital.
Pausa para um trago nos escritórios ectoplasmáticos do BMG para a comemoração do primeiro single de espíritos simpáticos. Quando vimos uma foto do Alkinora, já sabíamos que algo especial sairia daqueles condutores eletrostáticos e quando entendemos o título, já era tarde demais para qualquer outra atitude que não fosse: publicar.
Enquanto que as vezes alguns de nossos membros, voltam algumas décadas e promovem viagens continentais, o Alkinora é algo muito mais terreno e primal… literalmente a pangeia (tanto a real quando a de Miles) vem a mente.
Em um momento ideal, este lançamento seria comemorado com uma apresentação ao vivo regada a substâncias intoxicantes, mas vivemos um tempo novo.
Nas palavras deles:
A vida gira em torno de infinitos começos e fins. Não existe criação sem desconstrução. A matéria é infinita, compondo-se de frequências e dimensões das mais variáveis. Aqueles influenciados pela natureza e suas possibilidades, que buscam mesclar os elementos, são considerados alquimistas.
O som, como parte dessa infinitude, é responsável por estimular todas os sentidos dos indivíduos, é capaz de encontrar o limiar entre as dicotomias, trazer sentido ao que não tem.Este grupo tem a finalidade de buscar através da música, influências ancestrais e atemporais, a pedra filosofal de sua criatividade, a verdadeira alquimia sonora.
Alkinora é um projeto de música experimental, que mescla sons orgânicos e digitais, brincando com nostalgias e criando uma nova experiência.
Moisés é a nova alcunha bíblica de Marcus Salgado, livre docente da arte de confundir.
Água Não Tem Cabelo é sua nova oferta, mas no passado… Aliás, esqueça o passado! Como esquecer o passado? Afinal estamos falando de um produto com 14 anos de idade! Deixando de lado introduções (Bíblicas) citando Jerssons, Bolor 09 e LSDiscos, vamos focar nesta fenda marítima.
No longínquo ano de 2006 seu companheiro de banda Ricardo Lira (outro profeta) deixou um toca discos Technics e um clássico sampler Roland SP-404 em sua casa; no impulso totêmico destes ícones da cultura hip hop, Marcus resolveu gravar alguns experimentos devidamente arquivados em tempos de dólar a 2 reais.
Em uma faxina eletrônica no começo deste ano, um esquecido HD tornou este sítio arqueológico aparente, mostrando a nossa tão estimada “confidência da ignorância” em estado bruto e um disco de insana coerência.
Impossível destacar um momento deste álbum, que deve ser apreciado do começo ao fim – sem paradas – algo raro de ser requisitado em 2020 onde o dólar já começa a bater a casa dos 6 reais e infelizmente, música passou a servida em conta gotas.
Further Listening: Solex, Kid Koala, Boyd Rice e Residents.
Diretamente do HQ da BMG estamos ainda tentando entender se a cloroquina possui propriedades psicodélicas ou não.
Sempre existiu aqui a dúvida se podemos confiar em pessoas que não chapam. Um grande empresário da noite paulistana não chapa. E nunca entendi isso, se ele não chapa, ele está nessa por que? Pelo dinheiro? Pelas mulheres? Pelo agito? Sua vida é uma grande pesquisa de mercado? Um experimento social?
Por favor… Fique em casa.
Descanso Do Guerreiro é o resumo das últimas atividades de Bruno Protti, uma espécie de mensagem dentro da garrafa (de IPA?) antes do seu auto-exílio em terras Portuguesas.
Enquanto a cloroquina não bate, fique com este grande lançamento do Boston Medical Group.